O projeto propõe atuar nos
municípios de maior incidência de casos de AIDS, em seus respectivos
territórios, de forma integrada e articulada com as instâncias governamentais e
não governamentais da seguinte forma: Secretarias Estadual e Municipais de Saúde,
por meio dos Centros de Testagem e Aconselhamento, Serviço de Assistência Especializada,
Unidades Básicas de Saúde da Estratégia Saúde da Família; Secretarias Estadual
e Municipais de Educação; Secretarias Estadual e Municipais de Cultura; Casas
de Apoio; movimentos sociais dentre outros necessários para o fortalecimento do
projeto. Desta forma, o projeto atuará em conformidade com os princípios do
SUS, efetivando a universalidade da atenção, a integralidade da assistência a saúde,
o direito a equidade na saúde das pessoas vivendo com HIV/AIDS, de forma
descentralizada, hierarquizada, sobretudo com a participação das PVHA para o
controle social.
Teresina é uma das capitais do nordeste que apresentou o maior crescimento vegetativo na última década, como também o aumento de diversos problemas na capital piauiense, como: aumento de vilas e favelas, marginalização, criminalidade, aumento do desemprego e a intensificação de processos migratórios.
Quanto à situação epidemiológica, no Brasil, estima-se que 630.000 pessoas vivam hoje com HIV. Destes, cerca de 250.000 não conhecem seu status sorológico. O Ministério da Saúde constatou que em 2004 apenas 28% da população havia realizado ao menos uma vez o diagnóstico do HIV. Ressalta-se ainda que, estudos revelam que para cada 10 meninas na faixa etária de 13 a 19 anos, há 8 meninos notificados com AIDS. A principal via de transmissão do vírus nas relações entre homossexuais, 39,2% do que entre heterossexuais, 22,2%.
Quanto aos dados do Piauí, de 1986 a 2009, foram registrados 2.534 (72,6%), sendo destes, 27,3%, de casos não-residentes no Piauí. Quanto à distribuição por sexo, 71,4%, são do sexo masculino e 28,5% do sexo feminino. Em relação à faixa etária, há uma concentração na faixa de 20 a 34 anos com 1.253 casos, revelando assim que as pessoas estão sendo infectadas muito jovens.
Desta forma, esta instituição se propõe desenvolver atividades voltadas para as pessoas vivendo com HIV/AIDS, sobretudo, as mulheres, juntamente com seus companheiros, quanto à prevenção posithiva, informações sobre os direitos das PVHA, direitos humanos, visando o fortalecimento das PVHA para o controle social, empoderando-os para a busca dos seus direitos, melhoria da qualidade de vida, saúde integral, cidadania, gênero, sexualidade, dentre outros. Ao final do projeto, tem-se como objetivo, a criação de núcleos da RNP+ e do MNCP nos territórios, como também grupos de adesão nos município sede, devido a inexistência destes nos municípios propostos, com exceção de Teresina.
