sábado, 26 de dezembro de 2015

Wanya Sales do Caldeirão do Huck

Retrospectivas 2015. Planejamento 2016.

Valdemar Piauí

Sou bailarino, coreógrafo, professor, pesquisador, diretor fundador da Organização Ponto de Equilíbrio (Teresina-Piauí), fundador e vice-presidente da Associação Cultural dos Amigos de Amarante (Amarante-Piauí). Ações desenvolvidas no Piauí, e que por meio delas me conecto com minhas raízes e contribuo de alguma forma, para o desenvolvimento da cultura piauiense.

2015 pessoalmente foi um ano de mudanças, abstruso, ano que me possibilitou chegar a muitos limites de mim mesmo. Vivo nesse momento um estado de adaptação aqui em Brasília (farei dois anos que cheguei aqui em julho). Uma mudança assim precisa de tempo para se concretizar, e tenho aproveitado esse tempo para me aprofundar em mim mesmo, para chegar nesses limites e usufruir de uma sensação necessariamente pessoal, que me fortalece enquanto humano.

Muitas vezes, como artistas, nós nos distanciamos do lado humano, somos “quase” desumanizados, é uma contestação minha. Vários fatores eu considero, o mais grave deles em termos profissionais pra mim, é a estabilidade, algo muito raro na profissão do artista. E quando a economia não anda bem, certamente a consequência é maior para nós. Ser artista sempre foi e será uma profissão complexa, pois, em muitas situações somos negligenciados, e nosso oficio se confunde com outras atribuições, ou ainda são consideradas de menor valor financeiro. O poder público ainda é o grande mantenedor da cultura no Brasil, e fomos alimentados a só consumir cultura se for de graça. Mesmos os artistas preferem uma cortesia ou mesmo só vão a eventos que tenham entrada gratuita. Isso também é cultural. E por outro lado os artistas bem sucedidos (o que não significa ser mais talentoso) esbanjam e ostentam vidas dignas de grandes empresários, muitos artistas são “empresas” e empregam milhares de outros artistas e técnicos. Isso confunde a cabeça da população geral que: ou pensa que todo artista é rico, ou acha que todos são bem pagos ou ainda acham que só são merecedores de pagamentos os que estão na globo.

Quis dizer tudo isso pra tocar em outra questão importante para qualquer um de nós, que é o “planejamento”. Sem ele não conseguimos nada, nadamos e morremos na praia, ficamos a ver os navios passarem, e não tomamos as rédeas de nossas carreiras. É importante valorizarmos essa etapa e destinar um tempo para o planejamento. Isso é fundamenta para quem busca se firmar e se manter com dignidade dentro desse mundo cada vez mais capitalista. Onde para vivermos e até mesmo trabalharmos, nós precisamos de estruturas e de aparato tecnológico, cada vez mais complexo e com alto valor de manutenção.

Em Brasília sou Presidente-Fundador da Micro Empresa Individual Equilíbrio Cultural. Uma empresa que entra no mercado de produção de cultura no Distrito Federal, e com muito planejamento vamos desenvolver um trabalho de transformação social por meio da cultura, no Brasil. Posso garantir isso, tendo como experiência toda minha vida. Em todos os lugares onde vivi, procurei exercer da melhor maneira minha missão de produzir cultura e conhecimento. E aqui em Brasília não tem sido diferente, pois embora seja a capital do Brasil e com apenas 55 anos de existência. Brasília é uma cidade muito carente de cultura, como todas outras do Brasil que não sejam Rio de Janeiro e São Paulo.

Aqui no Distrito Federal a cultura também vive a míngua, acontece eventualmente, e como em todo lugar, tem poucos projetos com muitos “destaques” e que embora isolados, causam muitas melhorias onde atuam. Brasília por exemplo, o Teatro Nacional está fechado para reforma já faz três anos. Nos últimos anos perdeu a Casa Estatal de dança e muitos outros espaços para a formação de artistas por falta de manutenção. A Faculdade Dulcina de Moraes está preste a ser fechada por falta de incentivo. Concluo nesses muitos anos de carreira que não é nada fácil fazer cultura, seja aqui, seja em Amarante, seja em Teresina, claro que em cada uma dessas cidades existem suas glórias, e que assim como em qualquer outro lugar do mundo, tem o mesmo apelo humano do qual quero mesmo falar aqui. O fato de a arte me possibilitar contatos, isso vem me alimentando a cada dia, a cada nova conversa, a cada novo espaço que ocupo, a cada nova oportunidade que me surge. Como por exemplo a possibilidade de criar uma turma de Dança Afro no Espaço Usina. Ou mesmo as aulas de Ritmo no Espaço Imaginário. Entre o que se concretizou em 2015 posso falar das aulas de Dança na Academia New Life (Cruzeiro Novo), o acesso ao Conselho Gestor da Associação Desportiva e Cultural Superar (Samambaia-DF). Professor de Dança da ONG Grupo Pellinsky (Cruzeiro Velho-DF). Entre muitas possibilidades que vislumbro para o ano que já se inicia. Uma coisa é certa, preciso de mais planejamento e ação, pois essas são, sem dúvida, as condições exatas para qualquer voo.


Pela falta de planejamento passei o meu primeiro natal da vida fora da minha cidade natal: AMARANTE.






segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

NOSSO NATAL, NA TERRA NATAL

Segunda 21 de dezembro de 2015, seguindo pra Amarante.

Amarante é minha terra natal. O que é o Natal?

Quero fazer aqui uma alusão a minha cidade natal e o significado do Natal, que é o nascimento de Jesus Cristo e sua comemoração anual, que acontece há mais de 1600 anos no dia 25 de dezembro. Já minha cidade natal tem 144 anos que foi elevada a categoria de cidade e desde então apresenta um índice muito baixo de desenvolvimento. Eu farei 40 anos em 2016 e Amarante 145 anos e o nascimento de Jesus Cristo 2016 anos. Muitas diferenças para falar da mesma coisa. Pois sou fruto de um pensamento cristão que me possibilitou nascer em Amarante no interior do Piauí. 

Natal se refere a nascimento ou ao local onde alguma pessoa nasceu. Por exemplo, a expressão "cidade natal" indica a cidade onde um determinado indivíduo nasceu. A palavra "natal" significa "do nascimento".

Origem do Natal
Natal (com inicial maiúscula) é o nome da festa religiosa cristã que celebra o nascimento de Jesus Cristo, a figura central do Cristianismo. O dia de Natal, 25 de dezembro, foi estipulado pela Igreja Católica no ano de 350 através do Papa Julio I, sendo mais tarde oficializado como feriado.









História do Natal
A história do Natal está descrita na Bíblia, nos evangelhos de Mateus e Lucas. De acordo com a história do Natal descrita na Bíblia, Jesus nasceu em Belém, em um estábulo.
Um dos textos mais conhecidos sobre o Natal se encontra na Bíblia, em Lucas 2:1-14:
Naqueles dias, César Augusto publicou um decreto ordenando o recenseamento de todo o império romano. Este foi o primeiro recenseamento feito quando Quirino era governador da Síria. E todos iam para a sua cidade natal, a fim de alistar-se.
Assim, José também foi da cidade de Nazaré da Galileia para a Judeia, para Belém, cidade de Davi, porque pertencia a casa e à linhagem de Davi. Ele foi a fim de alistar-se, com Maria, que lhe estava prometido em casamento e esperava um filho.
Enquanto estavam lá, chegou o tempo de nascer o bebê, e ela deu à luz o seu primogênito. Envolveu-o em panos e o colocou numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria.
Havia pastores que estavam nos campos próximos e durante a noite tomavam conta dos seus rebanhos. E aconteceu que um anjo do Senhor apareceu-lhes e a glória do Senhor resplandeceu ao redor deles; e ficaram aterrorizados.
Mas o anjo lhes disse: "Não tenham medo. Estou trazendo boas-novas de grande alegria para vocês, que são para todo o povo: Hoje, na cidade de Davi, nasceu o Salvador, que é Cristo, o Senhor. Isto servirá de sinal para vocês: encontrarão o bebê envolto em panos e deitado numa manjedoura".
De repente, uma grande multidão do exército celestial apareceu com o anjo, louvando a Deus e dizendo:
"Glória a Deus nas alturas,
e paz na terra aos homens
aos quais ele concede
o seu favor".














Em Amarante realizamos um Auto de Natal onde contamos a mesma história quem vem se contado ha 2015 anos e que tem o dom de se renovar pois, carregar na sua formação linguística o nascimento como núcleo. Nosso Auto de Natal é também uma forma de nos colocarmos renascidos, reformulados, reconstruídos. É um desejo do projeto para que nossa cidade natal (que é tão linda e frágil) e por muitos anos, desde que tenho consciência de mim enquanto cidadão que eu vejo Amarante mal administrada. A cidade sempre sofre na mão de políticos que praticam uma política prejudicial, que não favorece o coletivo. Uma política que sempre privilegia poucos em detrimento de muitos. Uma política que só possibilita mudanças e melhorias para um lado, que não enxerga a evolução coletiva como meta. O Auto de Natal acontece como um protesta da cultura que grita por socorro, e que precisa ser pesada como alicerce de uma sociedade que precisa ser tratada com dignidade e apuro politico. Ano que vem tem eleições, é importante pensar muito sobre as reais necessidades da nossa população, sem privilégios, com igualdade e com fraternidade.








sábado, 12 de dezembro de 2015

FANTASTIQUE

Ontem tive a oportunidade de trabalhar na equipe técnica da “FESTA ESPETÁCULO: FANTASTIQUE”, Que aconteceu na Usina, localizado no SOFN. Q1, CB, L12 Brasília DF. Uma festa de pura sensualidade, e diria mais, de muita entrega e ousadia. Fiquei encantado com a proporção do evento e o envolvimento do público, que me pareceu ser bem cativo pois, a festa acontece uma vez por mês.

Fui surpreendido com os números artísticos já no ensaio técnico, onde são marcadas luzes, sonoplastia, e palco. No ensaio que aconteceu à tarde, eu já pude sentir que se tratava algo forte e adulto, que todos gostam e que geralmente não temos disponível: sensualidade. 

É um espetáculo artístico antes de tudo e tem direção geral e concepção de Giovane Aguiar, que também faz um ótimo mestre de cerimônias. É um espetáculo que envolve dança, teatro, circo, canto, isso dentro do universo de sensações e possibilidades, quando se trata de sensualidade. As cenas são bem picantes, chegando às vezes ao limite, beirando o pornográfico. Só que como falei, trata-se de um trabalho com extrema sensibilidade artística, uma obra de arte.

Existem vários momentos de pico na festa-espetáculo, e o envolvimento em relação com o público é bem interessante e necessário, pois as pessoas participam em dois divertidos concursos. Tudo com muita sutileza, extremo bom gosto e humor. Foi uma noite agradabilíssima, pois, além de começar a me aproximar do espaço como  a Usina, que é de fato um local que faz a diferença no requinte a questão artística, pude conhecer e trabalhar nesse belo trabalho. 

Na USINA funciona um teatro e estúdios de arte com aulas de dança, circo e muito mais. Convoco as pessoas, e principalmente os artistas do Distrito Federal e do Brasil a se apropriarem do lugar, de forma a consumir a cultura e arte produzida ali dentro. Obrigado Geovane pela oportunidade, e espero termos outros momentos culturais e profissionais pra compartilharmos em breve.













Janeiro de 2016 tem mais...

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Oficina MinC

Ontem aconteceu durante todo o dia, uma oficina oferecida pelo Ministério da Cultura para elaboração de projetos para a Lei Rouanet.

Realmente uma oficina bem necessária para entender os trâmites que permeia a inscrição e possível aprovação de projetos junto a Secretaria de Fomento e Incentivo a Cultura (PRONAC\LEI ROUANET). A Finalidade e da oficina foi promover subsídios para produtores e artista na formação no que tange a elaboração de projetos. É sempre muito complexo o processo de elaboração de um projeto cultural. E se tratando da busca de apoio por meio da lei o processo é burocrático e muitas vezes de difícil entendimento. Aqui pudemos ouvir, e entender melhor, por meio da equipe técnica do Ministério da Cultura, as reais formas que habilitam uma proposta.

Segundo os técnicos a proposta da lei, é a democratização do acesso e acessibilidade, dos recursos. Descentralizando e dando as oportunidades iguais, em diferentes condições gerando as mesmas oportunidades a todos. Pois quando o assunto é acessibilidade falamos de ações que geram condições para que as pessoas tenham acesso aos recursos. E também sejam aprovados projetos que garantam acesso do publico com e sem deficiência. Que seja proposta que respeitem esse direito de acesso que é garantido em lei.
O Fundo Nacional da Cultura (FNC) gera Incentivo Fiscal com mecanismos de financiamento. Sendo que os incentivos poderão ser feitos por pessoa jurídica (até 4% dos impostos) e para pessoas físicas (até 6% dos impostos)

Um projeto é um conjunto de atividades com planejamento, é sempre importante entender a viabilidade da proposta, pois é um fator importante nos critérios de avaliação. É preciso pensar antes de tudo em como será a execução do projeto, pois um projeto tem tudo haver com planos.

Agora é estudar a Lei 9.610, que estabelece percentuais que direcionam os custos e orientam a distribuição dos recursos como é permitido destinar segundo a lei até 100 mil reais do valor do projeto para pagamento a um captador de recursos; 20% do total do projeto para divulgação e até 10% para direitos autorais. São muitos detalhes que são necessários entendermos ao elaboramos uma proposta pois elas são de caráter eliminatório.

Foi um excelente dia, muitas informações e network, para mais informações liguem: 61 2024 2113 e 2024 2114 ou pelo sitio www.cultura.gov.br/sefic e para inscrever projetos é necessário fazer cadastro no site www.novosalic.com.br

Boa tarde!