quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

15ª Conferência Nacional de Saúde

Aconteceu hoje no Centro de Convenções de Brasília a 15ª Conferência Nacional de Saúde. Estive lá acompanhando o movimento, e em busca de conhecimento nessa definição, até porque acredito que a cultura também é uma questão de saúde publica. Nesse sentido fui buscar conhecimentos que me possibilitem exercer e usufruir desse possível diálogo, entre saúde e cultura. Além do que, é uma missão minha essa de está em meio aos movimentos que me cercam.

Não sei se por acaso, chegou até minhas mãos, um livro sobre a Situação Social no Estado do Piauí. Uma publicação do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). Que busca suprir e complementar a missão de produzir e disseminar conhecimento com a finalidade de melhorar as políticas públicas nos aspectos nacionais. A publicação apresenta e analisa brevemente alguns temas sociais selecionados, se utilizando de dados e informações que buscam entender a situação social vivida atualmente pela sociedade brasileira.

No primeiro momento do livro, o Piauí é apresentado aos leitores como sendo um estado do Nordeste do Brasil com cerca de 3,2 milhões de habitantes e que representa 1,7% da população do Brasil e 5,9% de toda população nordestina. Outro dado importante trazido no livro, se refere ao fato de 38% da população do Piauí vivem na zona rural dos municípios, um percentual bem maior que a média nacional de 15,6%. No que se refere a questões como renda, pobreza e desigualdade o livro apresenta dados que eu até desconfiava, só que agora se concretizam. São eles: A média nacional apresentada na renda per capita brasileira é de R$ 631,7, até 2009, enquanto no Piauí esse valor cai para R$394,6, no mesmo ano. Quase a metade. No Piauí, as desigualdades de renda média diminuíram um pouco, já que a renda domiciliar per capita da zona rural teve crescimento de 68,3% superior ao observado na zona urbana.

Na área da Educação o livro apresenta que no Piauí tem a escolaridade medida pela média de anos de estudo da população, que é de 15 anos mais ou menos. O dado que se apresenta bem menor que os dados do nordeste e até mesmo a média brasileira. Entretanto, se considerarmos o crescimento de ponta a ponta no período, notaremos que o Piauí teve desempenho (31%) superior ao nacional (18,7%) e que o índice nordestino que é de (29,1%) de escolarizados ou em faze escolar. Um índice que pode nos dá certo orgulho.
Como o papo aqui também é cultura, o livro apresenta dados bem interessantes no que tange esse assunto. Primeiro por mostrar expressivas diferenças entre a média nordestina e nacional no que se refere ao acesso a bens culturais. 

O estudo revela forte desigualdade regional nesse aspecto, sendo que no Piauí a diferença entre os espaços urbanos e rurais apresentam desigualdade ainda mais acentuada que a realidade nacional. Nada aqui nesse estudo se apresenta como novidade pra mim, no entanto ele comprova uma certeza minha. Por exemplo, podemos citar o acesso a telefones celulares que no Brasil encontra-se em plena ascensão, no Piauí ainda existe muita desigualdade de cobertura entre zonas urbanas e rurais. Na zona rural a situação se complica, pois não possui telefone fixo e apenas 30% dos domicílios dispõem de aparelho celular. A outra parte da população rural vive uma realidade com restrições graves no que se refere à comunicação que chega a beirar o isolamento. 

E com relação ao acesso a internet, o livro afirma que é plausível afirmar que esse ainda pode se considerar item de “luxo” no Piauí, embora os números apresentados nacionalmente sejam ainda considerados aquém, no processo de democratização do acesso. Eram apenas 28,1% da população que possuíam acesso a internet em domicílio até 2009. E que apesar de nacionalmente seguir numa velocidade impressionante nos últimos anos, a população rural tem ainda pouquíssimo acesso ao processo de inclusão digital.  O livro SITUAÇÃO SOCIAL NOS ESTADOS: PIAUÍ apresenta as diferenças regionais como intensas e, no Piauí, a internet nos domicílios ainda é um evento raro, sendo que a taxa de acesso é de 18,1% para a população urbana, e é praticamente nulo o acesso na zona rural.

Primeiro em pensei que fosse obra do acaso esse livro cair na minha mão, depois eu vi que não, que faz parte do destino me fazendo cada vez mais perceber e conhecer, mesmo de longe, o meu estado que tanto amo: PIAUÍ TERRA QUERIDA, FILHA DO SOL DO EQUADOR.
Valdemar Piauí, 03/12/2005, direto de Brasília.






























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