segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Relatório de atividades: ASSOCIAÇÃO CULTURAL DOS AMIGOS DE AMARANTE

Relatório de Realização do Projeto AUTO DE NATAL DE AMARANTE 2013 referente ao “PREMIO HELLY BATISTA” CONCEDIDO PELA FUNDAÇÃO DE CULTURA DO PIAUÍ À ASSOCIAÇÃO CULTURAL DOS AMIGOS DE AMARANTE.
REPRESENTANTE: VALDEMAR DOS SANTOS CARVALHO.

No ano de 2013 a Associação Cultural dos Amigos de Amarante pelo terceiro ano consecutivo realizou o projeto “Auto de Natal” com participação de crianças, jovens e adultos da cidade de Amarante. Encenando uma peça musical com elenco formado por estudantes atores, e atrizes amarantinas com relevante experiência nos palcos como é o caso de Solimar Miranda e Rita de Cassia, que foram na década de noventa membros do Grupo de Teatro “Amarantus”, uma importante companhia de teatro amarantina formada por jovens que representaram a arte do teatro desenvolvido em Amarante por festivais e mostras no Piauí. O projeto aqui em questão se trata de uma ação coletiva que envolveu crianças, jovens e adultas através da produção de espetáculos cênicos feitos para se apresentar nas ruas da cidade. Esse ano, diferente dos outros, buscamos inicialmente um texto de teatro com tema de natal, para assim podermos fazer uma montagem que tivesse mais foco no texto e fosse mais cênico no sentido de realizar a montagem com base no teatro, na atuação do elenco em cena.

Sendo assim decidimos encenar o texto A PEQUENA VENDEDORA DE FÓSFORO, numa adaptação de Franklin Pires escritor e diretor piauiense que também dirigiu a peça. Acreditamos assim valorizarmos o trabalho de um artista piauiense. Depois de escolhermos o texto e a direção, fomos à busca do elenco de atores. Assim começamos um processo de seleção de atores de forma bem espontânea, o que aconteceu dentro das Escolas onde nos da organização do projeto atuamos, como os membros da Associação Cultural dos Amigos de Amarante em sua maioria são professores, fomos convidando os alunos nos locais em que trabalhamos, tendo foco os perfis dos personagens exigidos no texto e claro abrindo espaço para a colocação espontânea dos alunos de forma a deixar com surgissem neles também uma necessidade de participar e aprender por meio do teatro, já que constantemente temos proporcionado a eles o contato com atividades teatrais, como assistir grupos e participar de oficinas de teatro e dança.  

Fizemos assim no começo de outubro, uma leitura do texto com os interessados a a participarem da montagem e fomos aos poucos definindo personagem e estruturando as cenas num processo gradual de entendimento do texto completo. Paralelo a isso tivemos os encontros com o diretor Franklin Pires que vinha de Teresina para nos fins de semana realizar os ensaios, aulas e estruturar as cenas. Quando ele não estava nos ensaios ficavam na coordenação da equipe técnica-artística formadas por: Valdemar Santos, Selma Alves, Tuquinha Oliver e Solimar Miranda. Fomos aos poucos maturando o espetáculo e também fazendo ensaios com marcação de espaço e coreografias pois, como se trata de um musical as cenas eram costuradas com coreografias e muita marcação espacial. Até por que o espetáculo acontece na rua em plena Escadaria Da Costa e Silva um espaço bem singular que exige cautela na movimentação do elenco entre os degraus e desníveis característico desse ponto turístico de Amarante.

No começo de novembro nossos ensaios passaram a acontecer na Escadaria para que assim o elenco começasse a se familiarizar com os degraus e com as movimentações cênico-espaciais que aconteciam com mudança de espaço a cada momento. Também era importante o elenco entender os movimentos coreográficos naquele espaço tão diferente. Isso foi importante também para o trabalho de concentração do elenco, pois como se tratava de uma equipe formada na maioria por amadores e o espetáculo acontece na rua, era importante que eles começassem de cedo a entender que, na rua existem interferências e assim poderem criar mecanismos para lidar com essas interversões que são muitas vezes impossíveis de prever e por isso é importante ter o contato com a rua e trabalhar assim a concentração. Outro ponto diferente também é que nesse ano fizemos gravações das vozes num estúdio e os atores na apresentação precisaram dublar. O que pode gerar confiança no sentido que o publico possa entender todo texto e não ser prejudicado com interferências sonoras vindas do movimento da rua ou mesmo por falta de projeção das vozes dos atores que por serem amadores ainda não tem domínio total de voz.

Dezembro foi mês de acertos finais e ensaios gerais, também foi período de confecção de adereço, conclusão dos figurinos. Nesse momento tudo já estava estabelecido, os textos decorados, as coreografias ensaiadas e foi quando pudemos de fato concluir a fase de montagem. Iniciamos processo de divulgação e busca de parcerias com a Prefeitura de Amarante no sentido de estabelecer a estrutura necessária para realização da apresentação. O premio Helly Batista concedido pela Fundação Cultural do Piauí, foi de extrema importância para que a apresentação acontecesse a contento. Foi com essa parceria que pudemos dar um salto de qualidade nessa produção que a cada ano se consolida como espaço de manifestação popular e também estabelece um momento de festividade em Amarante, possibilitando a participação da comunidade de forma essencial, tendo em vista que uma das propostas principais do projeto é justamente proporcionar um espaço de promoção da paz por meio de uma atividade artística que envolve amarantinos e assim sendo o projeto compre com seu papel fundamental de promoção da cultura local em especial do teatro e da dança.


Nos messes de Janeiro e Fevereiro dedicamos a elaboração do relatório de realização aqui presente, para concluir o processo de parceria realizado entre a Fundação de Cultura do Piauí e a Associação Cultural dos Amigos de Amarante. Estamos certo de termos comprido com nosso papel sociocultural, agradecidos e satisfeitos pela realização dessa parceria de extrema importância para desenvolvimento da cultura do Piauí.

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