Relatório de Realização do Projeto AUTO DE NATAL DE AMARANTE 2013
referente ao “PREMIO HELLY BATISTA” CONCEDIDO PELA FUNDAÇÃO DE CULTURA DO PIAUÍ
À ASSOCIAÇÃO CULTURAL DOS AMIGOS DE AMARANTE.
No ano de 2013, a Associação Cultural
dos Amigos de Amarante pelo terceiro ano consecutivo realizou o projeto “Auto
de Natal” com a participação de crianças, jovens e adultos da cidade de
Amarante. Encenando uma peça musical com elenco formado por estudantes atores,
e atrizes amarantinas com relevante experiência nos palcos como é o caso de
Solimar Miranda e Rita de Cássia, que foram na década de noventa membros do
Grupo de Teatro “Amarantus”, uma importante companhia de teatro amarantina
formada por jovens que representaram a arte do teatro desenvolvido em
Amarante em festivais e mostras no
Piauí. O projeto aqui em questão se trata de uma ação coletiva que envolveu
crianças, jovens e adultos através da produção de espetáculos cênicos feitos
para se apresentar nas ruas da cidade. Esse ano, diferente dos outros, buscamos
inicialmente um texto de teatro com tema de natal, para assim podermos fazer
uma montagem que tivesse mais foco no texto e fosse mais cênico no sentido de
realizar a montagem com base no teatro, na atuação do elenco em cena.
Sendo assim decidimos encenar o texto
A PEQUENA VENDEDORA DE FÓSFORO, numa adaptação de Franklin Pires escritor e
diretor piauiense que também dirigiu a peça. Acreditamos assim que estamos
valorizando o trabalho de um artista piauiense. Depois de escolhermos o texto e
a direção, fomos à busca do elenco de atores. Assim começou um processo de
seleção de atores de forma bem espontânea, o que aconteceu dentro das Escolas
onde nós da organização do projeto atuamos; como os membros da Associação
Cultural dos Amigos de Amarante em sua maioria são professores, fomos
convidando os alunos nos locais em que trabalhamos, tendo foco os perfis dos
personagens exigidos no texto e claro abrindo espaço para a colocação
espontânea dos alunos de forma a deixar com surgissem neles também uma
necessidade de participar e aprender por meio do teatro, já que constantemente
temos proporcionado a eles o contato com atividades teatrais, como assistir
grupos e participar de oficinas de teatro e dança.
Fizemos assim no começo de outubro,
uma leitura do texto com os interessados
na montagem do musical e fomos aos poucos definindo personagem e
estruturando as cenas num processo gradual de entendimento do texto completo.
Paralelo a isso, tivemos os encontros com o diretor Franklin Pires que vinha de
Teresina para nos fins de semana realizar os ensaios, aulas e estruturar as
cenas. Quando ele não estava nos ensaios, a coordenação da equipe
técnica-artística formadas por: Valdemar Santos, Selma Alves, Tuquinha Oliver e
Solimar Miranda assumia os trabalhos. Fomos aos poucos maturando o espetáculo e
também fazendo ensaios com marcação de espaço e coreografias pois, como se
trata de um musical as cenas eram costuradas com coreografias e muita marcação
espacial. Até por que o espetáculo acontece na rua em plena Escadaria Da Costa
e Silva ,um espaço bem singular que exige cautela na movimentação do elenco
entre os degraus e desníveis característico desse ponto turístico de Amarante.
No começo de novembro nossos ensaios
passaram a acontecer na Escadaria para que assim o elenco começasse a se
familiarizar com os degraus e com as movimentações cênico-espaciais que
aconteciam com mudança de espaço a cada momento. Também era importante o elenco
entender os movimentos coreográficos naquele espaço tão diferente. Isso foi
importante também para o trabalho de concentração do elenco, pois como se
tratava de uma equipe formada na maioria por amadores e o espetáculo acontece
na rua, era importante que eles começassem desde cedo a entender que, na rua
existem interferências e assim poderem criar mecanismos para lidar com essas
intervenções que são muitas vezes impossíveis de prever e por isso é importante
ter o contato com a rua e trabalhar assim a concentração. Outro ponto diferente
também é que nesse ano fizemos gravações das vozes num estúdio e os atores, na
apresentação, precisaram dublar, gerando confiança nos mesmo e fazendo com que
as interferências sonoras vindas do movimento da rua ou mesmo por falta de
projeção das vozes dos atores que por serem amadores, ainda não tem domínio
total de voz, não prejudicassem o entendimento geral do espetáculo.
Dezembro foi mês de acertos finais e
ensaios gerais, também foi período de confecção de adereço, conclusão dos
figurinos. Nesse momento tudo já estava estabelecido, os textos decorados, as
coreografias ensaiadas e foi quando pudemos de fato concluir a fase de
montagem. Iniciamos processo de divulgação e busca de parcerias com a
Prefeitura de Amarante no sentido de estabelecer a estrutura necessária para
realização da apresentação. O premio Helly Batista concedido pela Fundação
Cultural do Piauí, foi de extrema importância para que a apresentação
acontecesse a contento. Foi com essa parceria que pudemos dar um salto de
qualidade nessa produção que a cada ano se consolida como espaço de
manifestação popular e também estabelece um momento de festividade em Amarante,
possibilitando a participação da comunidade, tendo em vista que uma das
propostas principais do projeto é justamente proporcionar um espaço de promoção
da paz por meio de uma atividade artística que envolvem amarantinos e assim, o
projeto cumpre com seu papel fundamental de promoção da cultura local ,em
especial do teatro e da dança.
Nos meses de Janeiro e Fevereiro
dedicamos a elaboração do relatório de realização, aqui presente, para concluir
o processo de parceria realizado entre a Fundação de Cultura do Piauí e a
Associação Cultural dos Amigos de Amarante. Estamos certo de termos cumprido
com nosso papel sociocultural, agradecidos e satisfeitos pela realização dessa
parceria de extrema importância para o desenvolvimento da cultura do Piauí.
Valdemar Santos, Vice presidente da Associação dos Amigos da Cultura de Amarante
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